Vida ou não Vida?

A princípio falar ou mesmo definir critérios sobre a vida ou não vida é muito difícil, por se tratar da subjetividade entre as pessoas. Isso devido às distintas opiniões existentes em uma população com hábitos, costumes e experiências que vão desde a criatividade infantil, descobertas juvenis, maturidade e responsabilidades de um adulto.

Assim, o ato de degustar e apreciar uma refeição, poderia configurar algum valor conceitual para distinção entre Vida e Não Vida, utilizando, por exemplo, um silogismo temos: Se viver é degustar guloseimas; vivo porque amo chocolate.

Assim, é impossível definil Vida e estabelecer o oposto para a Não Vida.
Porém, para critérios científicos e didáticos, entendemos a vida como um bem organizado complexo químico, tendo a célula como unidade básica e fundamental que caracteriza um ser vivo, sendo capaz de expresar reações próprias ou estímulos do meio.

Se analizarmos a composição química de uma pedra comparada a de uma borboleta, perceberemos a existência de elementos similares ou não (carbono, oxigênio, ferro...) no aranjo estrutural de ambos. Portanto, a composição, a proporção e o grau organizacional dos elementos químicos estabelecem diferenciação entre os seres animados e inanimados, inseridos cada um no tempo e no espaço.

Ações nutricionais, locomotoras, respiratórias e reprodutivas, dos organismos mais simples (Unicelulares: bactérias, fungos e protozoários), e os mais grandiosos (Pluricelulares: gimnospermas, angiospermas, aves, mamíferos), são também critérios determinantes do grande abismo entre Vida e Não Vida.

A Vida manifesta essas ações, coordenadas direta ou indiretamente pela expressão da molécula de DNA – Ácido desoxiribonucleico. A emissão de pseudópodes, o funcionamento das organelas, a respiração celular, a sensibilidade do predador, transporte de seiva e demais atividades metabólicas, são regidas pela síntese de compostos a partir da molécula de DNA subsidiando a Vida.


Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola


Ácidos Nucléicos

Os ácidos nucléicos são macromoléculas de natureza química, formadas por nucleotídeos, grupamento fosfórico (fosfato), glicídio (monossacarídeo / pentoses) e uma base nitrogenada, compondo o material genético contido nas células de todos os seres vivos.

Presentes no núcleo dos eucariotos e dispersos no hialoplasma dos procariotos, os ácidos nucléicos podem ser de dois tipos: ácido desoxirribonucléico (DNA) e ácido ribonucléico (RNA), ambos relacionados ao mecanismo de controle metabólico celular (funcionamento da célula) e transmissão hereditária das características.

As diferenças entre os ácidos nucléicos:

Além do peso molecular, relativa à quantidade de nucleotídeos (tamanho da molécula), existem outras diferenças estruturais, como por exemplo:

• A diferença das bases nitrogenadas: púricas e pirimídicas
No DNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (timina e citosina)
No RNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (uracila e citosina)

• A essencial disposição (a seqüência) dos nucleotídeos, implicando na diferença mantida entre os genes no filamento de DNA e dos códons e anti-cóndons no filamento de RNA;

• A conformação linear ou circular dos filamentos;

• E a duplicidade complementar (fita dupla) observada no DNA, diferenciada da unicidade (fita única / simples) do RNA.